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História da Estamparia: Conheça os Métodos de estamparia

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Antes de contar um pouco mais sobre os métodos de estamparia, é preciso ressaltar que todos os processos que serão mencionados a seguir contribuiram para a história da estamparia, desde seu desenvolvimento até seu aprimoramento em tempos atuais.

Os métodos de estamparia podem ser artesanais ou industriais, tudo depende do objetivo a ser alcançado e do custo benefício empregado no processo, principalmente quando se fala de processo industrial e de quantidade de tecido que será produzido com determinada estampa.

Batik

Um método desenvolvido na Índia, onde é utilizada uma cera para isolar as áreas que não se deseja estampar. Para remover a cera é utilizada água quente.

O Batik foi amplamente difundido em Amsterdã e na Holanda, na Tailândia, no Sri Lanka e em várias localidades da África como na Costa do Marfim e no Senegal.

Nesta técnica a pintura da estampa pode ser a mão ou via ”carimbo” de madeira em relevo. Os temas mais utilizados são florais, animais, frutas (especialmente abacaxis) e geométricos.

No Japão e na Nigéria o Batik é feito com pasta de amido de arroz ou de soja. Além disso, é utilizado um vapor para fixar o tingimento. Por fim, para remover o amido, o tecido é lavado.

Bloco de Madeira

Desde o século V, blocos de madeira são utilizados para estampar tecidos. Mas foi no século XVI na Itália que esta técnica aprimorou-se e influenciou toda a Europa.

Inicialmente a técnica mais utilizada era o baixo relevo, em seguida uma fita de bronze auxiliou o processo na delimitação do desenho. Quando o desenho é grande, ele é dividido em mais de um bloco, principalmente para não ficar muito pesado e dificultar o processo, pois as pranchas normalmente tem 5 cm de altura.

Na hora de carimbar, é utilizada uma almofadinha com o corante, igual a um carimbo de escritório, e a madeira é pressionada com a palma da mão ou com um martelo de madeira.

Primeiro se estampa uma cor no tecido inteiro, para depois mudar de cor. Cada bloco, uma nova cor. Como esta técnica utiliza apenas o contorno do desenho, artesãos completavam com pintura à mão.

Rolo de Madeira

Com o desenvolvimento técnico, no século XVIII, o bloco de madeira foi substituído por uma madeira cilíndrica para facilitar a mecanização do processo. No fim deste século já eram utilizados cilindros de cobre.

A ideia deste processo era facilitar a alimentação do rolo com o corante e automatizar o processo. Uma lâmina de aço remove o excesso de corante antes de realizar a estampa no tecido.

Cilindro

O rolo de cobre, ou roule-aux , foi patenteado pelo escocês Thomas Bell em 1783. O processo era 25x mais ágil e eficaz e difundiu-se rapidamente.

Muitas manufaturas aderiram a técnica, e a mais famosa delas foi a francesa Jouy-e-Josas, onde foram desenvolvidos famosos desenhos miúdos e repletos de detalhes.

Quadro

De origem oriental, o quadro, era utilizado desde o século XVIII no setor têxtil. Posteriormente o quadro foi chamado de serigrafia e amplamente utilizado para ”estampar” propagandas publicitárias em papel.

Assim como o Batik, o quadro recebe um verniz para isolar as áreas que não serão estampadas. Em seguida é espalhada uma pasta com corante, com o auxílio de uma espátula, sobre o tecido para estampar as áreas desejadas.

O quadro ainda é muito utilizado até hoje. A marca de alta costura Hermès estampa seus lenços de seda com este método.

Cilindro Rotativo

Este método é a junção do cilindro com o quadro e foi desenvolvido em 1962 para facilitar o processo industrial, e principalmente o uso de computadores no processo.

Neste processo é utilizada uma tela cilíndrica de inox e o tecido estampado ao invés de estar em uma mesa é colocado em uma esteira rolante, agilizando e automatizando ainda mais o processo.

Os avanços neste método possibilitaram resultados mais nítidos, utilização de mais cores, estampar qualquer motivo, sem falar na agilidade.

Transfer

O transfer é um dos métodos de estamparia mais famosos e mais utilizados em camisetas. Outro nome para o transfer é termoimpressão. É um método mais caro, porém, super personalizado, pois é possível estampar apenas um único produto e não ter a necessidade de ter metros de tecido estampados com o mesmo motivo no seu estoque.

O método surgiu em 1980, na França, onde a alta temperatura é empregada para fixar o corante na superfície. Normalmente o desenho está localizado em um papel e este papel é colocado sob o tecido e ambos são colocados sob dois cilindros que se aquecem simultaneamente.

Sublimação

Quimicamente falando, a sublimação é a passagem do estado sólido diretamente ao gasoso sem passar pelo estado líquido. Na sublimação têxtil é possível utilizar uma infinidade de cores. Basta adicioná-las no momento da criação da estampa.

Quando aplicada ao setor têxtil, esta é uma técnica de estamparia muito parecida com o transfer, mas neste caso é utilizado o papel sublimático com tinta sublimática em uma prensa aquecida. Outro detalhe é que o papel sublimático não cola no tecido como o transfer, o papel está ali apenas como uma base temporária para abrigar o desenho antes da sua reação química que resultará na estampa.

A sublimação também pode ser feita em pequena escala, assim como o transfer.

Sua principal diferenciação é que esta técnica tem melhores resultados quando aplicado a tecidos 100% poliéster, como é o caso dos nossos Drys e do Poliéster Fiado, também conhecido como malha PP.

Jato de Tinta

Um método atual, que reune a tecnologia e a agilidade do computador com a beleza da estamparia. Com esta técnica é possível estampar tecidos extensos e parar de ”imprimir” o tecido na hora que for necessário. Evitando a produção de tecidos com uma mesma estampa em excesso.

Aqui na Ponta de Estoque da Cabo Verde Tecidos trabalhamos com diversos fornecedores do mercado têxtil, vem garimpar nossas lindas estampas. A ponta de estoque fica localizada na Rua Bresser, 499, no Brás em São Paulo. Você pode adiantar a pesquisa dando uma espiada em nosso site.

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Motivos e Padrões de Estamparia e Tecelagem

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Inicialmente os padrões de estamparia retratavam imagens do cotidiano. Na pré história, o homem fazia pinturas rupestres nas cavernas para retratar o que acontecia em sua vida, na tecelagem e na estamparia não foi diferente. Antigamente os padrões mais comuns eram flores, frutas e animais. Com o tempo outros padrões de estamparia surgiram e hoje temos uma lista infinita de motivos para estampar e tecer.

Confira a lista de motivos e padrões de estamparia que destacamos para vocês:

  • Floral: O motivo mais estampado na Índia, onde tudo começou. O floral dominou a estamparia até o fim do século XVIII e ganhou destaque graças ao movimento artístico chamado Art Nouveau. A Art Nouveau valorizava temas da natureza de uma forma artística e estilizada.
  • Geométrico: Nos séculos XVII e XVIII o gosto europeu por motivos geométricos dividia espaço com os que preferiam estampas florais. A Art Dèco foi o movimento artístico que influenciou motivos geométricos na arquitetura, no mobiliário, nas artes aplicadas, e também na estamparia. A Art Dèco surge como forma de oposição ao rebuscado Art Nouveau, tudo é mais simples, com linhas retas, simetria, geometria, um estilo mais básico.
  • Animal: O famoso animal print, é destaque na moda desde sempre. Há indícios de tecidos de pele de animal, portanto com sua estampa natural, há mais de 5 mil anos. Os egípcios usavam pele de onça, por exemplo. Hoje a pele de animal foi substituída por tecidos estampados com sua padronagem.
  • Abstrato: A arte moderna influenciou as estampas abstratas, no fim do século XIX e início do século XX. Os motivos não seguem um padrão, são pinceladas livres, borrões, rabiscos em meio a combinação de cores inusistadas.
  • Figurativo: A estampa figurativa traz a representação da figura humana. Toile de Jouy é o nome dado a tecidos estampados inspirados na literatura e na arte que eram produzidos na cidade francesa Jouy-en-Josas. O resultado era uma tapeçaria, ou melhor um quadro, para vestir, uma inovação para a época.
  • Listras: Uma forma de variação, começou com a mistura de diferentes cores no tear, mas seguiu como opção para estamparia também. Antes do Renascimento as listras eram democráticas, todas as classes sociais as usavam. Depois, os motivos listrados eram sinônimo de vestes de bandidos, doentes contagiosos, condenados, prostitutas, músicos, malabaristas, uniformes de domésticas, roupas de escravos e loucos. As listras também estampavam pijamas e lençóis para dormir. No século XVIII as listras viram sinônimo de juventude, liberdade e amor e atingem seu ápice. Nos anos 1920 elas ilustram roupas de banho e hoje todos usam listras.
  • Cashmere: Original da Caxemira (Himalaia), um desenho riquíssimo e estilizado inspirado na folha de palmeira que começou como estampa e logo influenciou bordadeiras a fazer bordados e brocados.
  • Xadrez: Assim como as listras, o xadrez surgiu nos teares e foi para a estamparia posteriormente. São diversos tipos de padronagens como príncipe-de-gales, pied-de-poule, vichy e tartan.
  • Tweed: O tweed é mais do que uma padronagem, é um tecido (de lã) áspero de inverno com efeito colorido. O nome tweed vem do rio que separa a Inglaterra da Escócia.
  • Olho-de-perdiz: Um tipo de tweed macio e mais fino (de lã ou seda) representado por um desenho geométrico de bolinhas, semelhantes a um olho de uma ave chamada perdiz.
  • Risca-de-giz: Modelo clássico da alfaiataria que consiste em listras brancas a cada aproximadamente 2 cm do tecido. Normalmente confeccionado em cores mais escuras e mais sérias, foi difundido no cinema americano por volta dos anos 20.
  • Espinha de peixe: Uma padronagem com letras ”V” encavaladas formando um efeito visual de ziguezague. Inicialmente produzida com fios de linho e algodão, hoje é visto em tecidos de lã e seda também.
  • Poás: A famosa padronagem de bolinhas miúdas querida por todos ao longo da história.

Se você gosta de estampas e padrões variados, aproveite para garimpar na nossa ponta de estoque. Lá você encontra grande parte das padronagens citadas acima em oportunidades únicas.

Nossa loja fica na Rua Bresser, 499, no Brás, na cidade de São Paulo.

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História do tecido listrado: Padronagem de listras para malhas

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Inicialmente as listras eram apenas obtidas através do entrelaçamento de fios com colorações diferentes, com o passar do tempo elas passaram também a ser impressas e a integrar os processos de estamparia. Há indícios de fragmentos têxteis de lã do ano I d.C. em vários sítios arqueológicos do Mediterrâneo Oriental e do Oriente com tecidos listrados.

As listras democráticas de hoje que vestem todas as classes sociais, já passaram por muitos ”altos e baixos” ao longo da história da moda. Durante muito tempo as listras eram associadas aos loucos, bandidos, prostitutas, malabaristas, músicos, eram sinônimo de exclusão.

O que se sabe ao certo foi que as listras eram aceitas por todos até o Renascimento. Neste período as listras passaram a estar presentes nas roupas de banho e pijamas. Por ser uma padronagem secundária, as listras também eram usadas por escravos, domésticas e até mesmo para forrar colchões.

No romantismo do século XVIII, as listras passaram a ser associadas aos jovens descontraídos, a liberdade que se construia e ao humor que tomava outro rumo. Não podemos deixar de lembrar que os marinheiros usavam roupas listradas nesta época também.

Na Belle Époque, os cabarés, como o Moulin Rouge, por exemplo, investiam em figurinos listrados para seus artistas e funcionários, era uma forma de trazer a listra pro burlesco e agregar um pouco de glamour na padronagem, até então marginalizada. Corsets bordados com padronagem de listra são um exemplo dessa influência. Mágicos, malabaristas e músicos também usavam as listras em suas vestimentas.

Os trajes de praia dos anos 1920 fizeram história com suas listras horizontais largas e muito bom humor. Poder ir a praia com roupas mais adequadas ao clima deixou a sociedade muito mais feliz e as listras fizeram parte deste marco na história da moda.

Em 1930, a musa Coco Chanel incluiu listras as suas elegantes coleções de moda. Daí em diante a história do tecido listrado tomou outro rumo.

Hoje as listras integram não só o universo da moda, mas também o universo da decoração, artesanato, mobiliário, utensílios domésticos e acessórios. Uma padronagem que veste bem todos os corpos da sociedade, levando em consideração suas proporções e desenho, é claro.

A cor das listras também influencia no seu efeito visual, listras com tonalidades próximas tendem a ser mais discretas do que padronagens listradas com cores intensamente diferentes como o preto e branco, por exemplo.

Na nossa ponta de estoque temos diversas opções de malhas listradas, com padronagens, gramaturas e cores bem diferentes. Se a ideia é investir em uma coleção listrada ou executar uma única peça de roupa, não importa, aqui na Cabo Verde você encontra a melhor opção para sua criação e confecção.

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Curiosidades sobre a história da tinturaria de tecidos

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O processo de beneficiamento têxtil possui diversas etapas, depois que elas são finalizadas começa o processo de tinturaria e estamparia.

Raramente são utilizados tecidos em sua cor natural da fibra, por isto, a tinturaria é um dos processos mais importantes da indústria têxtil para conferir cor ao tecido que está sendo desenvolvido e suprir as necessidades do mercado.

No início os corantes eram todos naturais,(vindos de origem animal, vegetal e mineral. O primeiro dado que se tem na história, é de que na China por volta de 2600 a.C. os corantes naturais já eram utilizados. Países orientais, como China e Índia, desenvolveram muita pesquisa e técnica em torno dos corantes naturais. Países tropicais auxiliaram neste processo, devido a sua variedade de materiais originados de plantas.

Assim como nossa malha de algodão natural que recebe seu tingimento a partir de corantes como a clorofila, cúrcuma, urucum, carmin, e também conta com processos de preparação com casca de laranja e acabamento com amaciante de casca de arroz.

Ao longo da história, as cores nas vestimentas passaram a representar também status social, principalmente para diferenciar a nobreza e o clero, dos demais habitantes.

Em 1497, Vasco da Gama, trouxe do ”caminho das Índias”, um grande avanço para a tinturaria na época. A ”troca” de conhecimento e matéria-prima foi muito importante para a história da tinturaria.

O Índigo, corante que confere a cor azul a calça jeans, chegou na Europa e m 1516. Na época holandeses compraram cerca de 66 toneladas deste corante, que era comercializado a preço equiparável a 5 toneladas de ouro.

Enquanto isso, portugueses exploravam as florestas da América do Sul em busca de novidades neste setor. O pau-brasil, a cochonilha (corante que inspirou a cor do ano de 2023 da pantone) e madeira amarela, são alguns destes exemplos.

Conhecer a historia é bom demais, por isso aqui no blog, além de história, também estamos sempre antenados nas novidades do mercado têxtil e nas tendências de moda. O blog da Cabo Verde Tecidos tem postagens semanais para trazer muito conhecimento e atualizações para vocês.

E a nossa pesquisa não para só no blog, nós desenvolvemos malhas de altíssima qualidade, e isto começa com a compra e seleção dos fios. Toda a nossa cadeia produtiva passa por processos de beneficiamento, tecelagem e tinturaria até sua finalização e venda aqui em nossa loja física.

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Porque não usamos Lycra® para todos os tecidos com elastano?

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No mercado têxtil a marca registrada Lycra® é muito utilizada equivocadamente por pessoas que desejam comprar tecidos de moda praia e esportivos de poliéster com elastano e de poliamida com elastano.

O que acontece é que o nome Lycra® é tão forte que as pessoas generalizam. Lycra® é uma marca registrada da Dupont para fios de elastano comercializados por ela.

O diferencial da Lycra® é sua propriedade de alongar-se e recuperar-se sem deformar. Seu caimento é ímpar e seu conforto é outro atrativo para tecidos confeccionados com esta fibra.

No exterior, outro nome utilizado é o Spandex para falar sobre fios de elastano na Austrália, no Canadá, nos Estados Unidos e em países europeus. Aqui no Brasil o termo elastano é bastante utilizado e difundido também.

É possível encontrar tecidos fabricados com elastano com qualidades comparáveis aos da Lycra®, porém só pode ser chamado de Lycra® tecidos confeccionados com sua fibra de elastano.

Na nossa revenda de primeira linha trabalhamos com 2 tipos de Lycra®: a Lycra® Prad e a Lycra® Praia.

Na nossa ponta de estoque é possível encontrar outras opções de tecidos com Lycra®, porém como dividimos em lotes, não podemos generalizar que todos os tecidos do lote são confeccionados com o fio de elastano da Dupont. Desta forma, chamamos estes tecidos de Poliéster com elastano ou Poliamida com elastano, por exemplo.

Para ter acesso a mais informações sobre os nossos lotes de ponta de estoque convidamos você a vir pessoalmente em nossa loja e garimpar na ponta de estoque. São diversos tecidos com gramaturas e rendimentos diferentes, com opções de cores restritas e com estoque, muitas vezes, limitado. Nosso endereço é Rua Bresser 499, Brás.

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Curiosidades sobre a Viscose

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A viscose tem esse nome pois é uma fibra química artificial obtida a partir de matéria prima vegetal desenvolvida a partir de uma solução viscosa da celulose.

A celulose passa por um tratamento que consiste em dissolvê-la em soda caústica e posteriormente banhar em ácido sulfúrico e sulfato de soda.

O desenvolvimento da viscose demorou 13 anos para ser viável comercialmente. Sua produção de fios começou em 1905 e sua descoberta se deu em 1892.

Também conhecida como raiom viscose, esta fibra possui características muito próximas do algodão. É macia, absorve umidade, tem bom caimento e resiste a tração.

Aqui na Cabo Verde Tecidos trabalhamos com a malha PV, misturando poliéster e viscose, na nossa linha de fabricação própria. Confira abaixo a cartela de cores que estamos trabalhando atualmente.

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A viscose também é comumente misturada com elastano, e você pode encontrar uma infinidade de opções na nossa ponta de estoque, de forma presencial na nossa loja física localizada no Brás: Rua Bresser 499.

Na ponta de estoque trabalhamos com tecidos de viscose com elastano lisas, estampadas, listradas e caneladas. Todos os lotes são variados e não temos certeza de reposição, portanto aproveite nossas oportunidades únicas quando estiver em nossa loja. Nós não vendemos, nem separamos artigos de ponta de estoque a distância.

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Tecelagem: Uma das artes mais antigas do mundo

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A tecelagem surgiu na humanidade como forma de proteção corporal. Os primeiros “tecidos” foram feitos a partir de fibras naturais trançadas com os dedos. A arte da cestaria começa neste momento, e na sequencia a arte de tecer tecidos ganha força diante da evolução nas padronagens e texturas.

Os primeiros indícios têxteis já encontrados, datam de mais de 24 mil anos. No leste Europeu foram encontradas documentações sobre tecelagem no período Paleolítico. A tecelagem em si, nasceu após o surgimento da agricultura, durante a Idade da Pedra (Entre 8 e 10 mil anos atrás).

No Egito, foram encontrados tecidos feitos de linho datados de 6000 a.C. Pesquisas arqueológicas trouxeram informações valiosas sobre tecidos, mas também sobre ferramentas utilizadas na tecelagem. Ao longo da história, o linho começa a ser difundido no Egito, posteriormente em Portugal e na Grécia.

Na Suíça e na Escandinávia, foram encontrados tecidos de lã datados aproximadamente de 3000 a.C. a 1500 a.C. Mas os mais antigos fragmentos de lã datam de antes desse período e foram encontrados em escavações na Mesopotâmia.

Na Índia, o algodão já era fiado e tecido em torno de 3000 a.C. E na China, a seda era destaque por volta de 1000 a.C. Ao longo da história, a seda esteve presente de forma artesanal em brocados chineses que retratavam dragões, pássaros e outros animais.

Hoje contamos com uma indústria têxtil avançada, com foco em desenvolvimento e aprimoramento a partir de muitas pesquisas. Antes a ideia era vestir para proteger. Hoje além de vestir para proteger, o ponto principal é melhorar a experiência do usuário.

Pensando em tudo isso, a Cabo Verde Tecidos possui uma loja que consegue atender diversos tipos de cliente, do pequeno ao grande, sem abrir mão de qualidade. Na nossa linha de fabricação própria cuidamos com muito amor de todo o processo de tecelagem, tinturaria e estamparia até a malha pronta. Nos tecidos de ponta de estoque, trabalhamos com o saldo dos melhores fabricantes do mercado têxtil.

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Poliéster, Poliamida e Viscose: História das Fibras químicas

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A demanda por tecidos de baixo custo e agilidade no mercado têxtil impulsionaram o avanço das pesquisas e do desenvolvimento em torno das fibras químicas e suas propriedades.

O objetivo de utilizar fibras químicas como a poliamida e o poliéster é trazer conforto para o usuário com um tecido de características iguais ou até mesmo superiores dos que os tecidos de origem natural.

Outro fator importante para o desenvolvimento das fibras químicas foram eventuais dificuldades de produção agrícola. As fibras químicas podem ser artificiais, ou seja, a partir de processos químicos em matéria-prima natural, animal ou vegetal como a viscose que é proveniente da celulose.

Ou fibras químicas sintéticas, originadas em processos químicos obtidos através de carvão mineral ou petróleo. Este é o caso do poliéster e da poliamida, dois polímeros.

A primeira fibra química desenvolvida foi o Raiom, com o objetivo de imitar a seda. Esta fibra foi criada pelo químico francês Hilaire Bernigaud e apresentada a todos em 1889.

Em 1921, os irmãos suiços Henry e Camille Dreyfus desenvolveram uma fibra química artificial a partir da celulose, a fibra ficou conhecida como Raiom celulose.

Em 1935, o químico americano Wallace Carothers, desenvolveu o náilon, uma fibra química sintética derivada da resina de poliamida. O nome náilon é dado tanto para a fibra como para o tecido. Na época, de uso exclusivo da Dupont. Esta fibra revolucionou a indústria têxtil.

Em 1941, os químicos britânicos John Rex Whinfield e James Tennant Dickson inventaram o poliéster. Na época, chamado de telyrene. O poliéster que conhecemos hoje passou por diversos processos de inovação desde então.

E assim essas, e diversas outras fibras químicas foram desenvolvidas e aperfeiçoadas ao longo do tempo, para se tornarem as fibras que conhecemos hoje.

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Breve história sobre o Algodão no Brasil

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Em 1519, quando os navegantes portugueses estavam chegando ao Brasil, o algodão selvagem era abundante. Na época, este algodão era cultivado, fiado e tecido por índios para a confecção de redes, vestimentas e tochas.

O algodão brasileiro naquela época não tinha uma qualidade muito alta, e para aperfeiçoar o algodão foram trazidas outras espécies da planta, vindas do Oriente, que já era famoso por sua produção há muitos anos. Essas novas versões de algodoeiro foram cultivadas, por volta do século XVIII, principalmente o norte e no nordeste em locais como Pará, Maranhão, Pernambuco, Bahia e Ceará.

Naquela época, o tecido de algodão mais desenvolvido no Brasil era a chita, a chita faz referência aos tecidos da região de Alcobaça em Portugal, trazidos ao Brasil como inspiração. Na verdade este tecido foi inspiradas nos exóticos tecidos orientais, principalmente indianos.

A chita era o tecido mais comercializado no Brasil devido ao seu baixo custo, suas estampas coloridas que remetiam a cultura brasileira e também ao seu frescor, sendo um tecido muito mais adequado ao clima brasileiro. A chita vestia escravos, operários e colonos. Mais tarde virou item para decoração de casa .

Com a Revolução Industrial do século XIX, Portugal passou a intermediar a exportação de algodão brasileiro para abastecer as fábricas têxteis inglesas. E assim durante muitos anos o Brasil virou exportador de commódities para a Europa. Portugal proibiu o Brasil de desenvolver sua indústria têxtil naquela época, para amenizar a concorrência com a Inglaterra e conseguirem desenvolver sua indústria local. Em 1808, Dom João VI, pois fim ao monopólio português e abriu as fronteiras brasileiras a “todas as nações amigas.”

Segundo o IBGE, em 2007, o Brasil é o quinto produtor mundial de algodão do mundo. Mato Grosso responde por metade da produção nacional. Este cenário se mantém até hoje.

O algodoeiro é uma planta que auxilia a rotação de lavoura. Normalmente para evitar o surgimento de pragas, a produção de algodão substitui a da soja. Apensar de seu alto custo de produção, sua lucratividade também é alta.

Aqui na Cabo Verde Tecidos trabalhamos com diversos tipos de malha 100% algodão em nossa linha de fabricação própria, além de outras opções na nossa ponta de estoque provenientes dos melhores fornecedores têxteis do mercado.

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História do Algodão: Índia, China e Egito e suas contribuições para o desenvolvimento do mercado

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O algodão, assim como o linho, são as fibras naturais mais antigas utilizadas no mundo. Na índia, os primeiros vestígios datam de 3200 a.C.

Graças ao comércio indiano, por volta de 2600 a.C., tecidos de algodão já eram comercializados. Na China, panos eram tecidos com algodão por volta de 2000 a.C.. Os mercadores indianos foram responsáveis por espalhar o tecido para o oriente, e também para a Europa. Na Europa a lã era a principal matéria-prima para tecidos, até então.

A tecelagem era uma atividade doméstica na Índia, em uma época específica, cerca de metade da população se dedicava a isto. O tingimento do algodão indiano também chamava atenção pelas suas cores ímpares.

Quando Vasco da Gama chegou à Índia em 1498, ele ampliou o comércio de algodão, o que fez aumentar a quantidade de exportações para a Europa, e consequentemente enriquecer o comércio local indiano.

A partir do século XVIII, começou a ser comercializado o algodão bruto para ser industrializado na Inglaterra, e ser reenviado como produto manufaturado.

No Egito, a troca comercial com a Índia era constante, e muitas vezes intermediadas por povos árabes. O algodão egípcio sempre se destacou, ele é considerado o mais fino e o melhor do mundo com suas fibras longas, macias e resistentes até os dias de hoje.

A China demorou a aderir ao algodão, na verdade seu foco inicial era a produção de Seda, seu carro-chefe. Aos poucos os chineses foram se abrindo para o algodão. Plantaram, ainda que tardiamente seus algodoeiros nor volta de 618 a 907. Os primeiros tecidos de algodão surgiram entre 960 a 1368. A China experimentou plantar, produzir, exportar algodão bruto, importar fios, importar algodão bruto, exportar tecido. No século XX, com a Primeira Guerra Mundial, a China assume o papel de importadora de algodão bruto e exportadora de fios e tecidos. Hoje a China produz e exporta o produto pronto.

Referência bibliográfica: PEZZOLODinah BuenoTecidos: História, tramas, tipos e usos. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.

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