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História do Algodão: Índia, China e Egito e suas contribuições para o desenvolvimento do mercado

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O algodão, assim como o linho, são as fibras naturais mais antigas utilizadas no mundo. Na índia, os primeiros vestígios datam de 3200 a.C.

Graças ao comércio indiano, por volta de 2600 a.C., tecidos de algodão já eram comercializados. Na China, panos eram tecidos com algodão por volta de 2000 a.C.. Os mercadores indianos foram responsáveis por espalhar o tecido para o oriente, e também para a Europa. Na Europa a lã era a principal matéria-prima para tecidos, até então.

A tecelagem era uma atividade doméstica na Índia, em uma época específica, cerca de metade da população se dedicava a isto. O tingimento do algodão indiano também chamava atenção pelas suas cores ímpares.

Quando Vasco da Gama chegou à Índia em 1498, ele ampliou o comércio de algodão, o que fez aumentar a quantidade de exportações para a Europa, e consequentemente enriquecer o comércio local indiano.

A partir do século XVIII, começou a ser comercializado o algodão bruto para ser industrializado na Inglaterra, e ser reenviado como produto manufaturado.

No Egito, a troca comercial com a Índia era constante, e muitas vezes intermediadas por povos árabes. O algodão egípcio sempre se destacou, ele é considerado o mais fino e o melhor do mundo com suas fibras longas, macias e resistentes até os dias de hoje.

A China demorou a aderir ao algodão, na verdade seu foco inicial era a produção de Seda, seu carro-chefe. Aos poucos os chineses foram se abrindo para o algodão. Plantaram, ainda que tardiamente seus algodoeiros nor volta de 618 a 907. Os primeiros tecidos de algodão surgiram entre 960 a 1368. A China experimentou plantar, produzir, exportar algodão bruto, importar fios, importar algodão bruto, exportar tecido. No século XX, com a Primeira Guerra Mundial, a China assume o papel de importadora de algodão bruto e exportadora de fios e tecidos. Hoje a China produz e exporta o produto pronto.

Referência bibliográfica: PEZZOLODinah BuenoTecidos: História, tramas, tipos e usos. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2007.

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