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História da Estamparia: Conheça os Métodos de estamparia

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Antes de contar um pouco mais sobre os métodos de estamparia, é preciso ressaltar que todos os processos que serão mencionados a seguir contribuiram para a história da estamparia, desde seu desenvolvimento até seu aprimoramento em tempos atuais.

Os métodos de estamparia podem ser artesanais ou industriais, tudo depende do objetivo a ser alcançado e do custo benefício empregado no processo, principalmente quando se fala de processo industrial e de quantidade de tecido que será produzido com determinada estampa.

Batik

Um método desenvolvido na Índia, onde é utilizada uma cera para isolar as áreas que não se deseja estampar. Para remover a cera é utilizada água quente.

O Batik foi amplamente difundido em Amsterdã e na Holanda, na Tailândia, no Sri Lanka e em várias localidades da África como na Costa do Marfim e no Senegal.

Nesta técnica a pintura da estampa pode ser a mão ou via ”carimbo” de madeira em relevo. Os temas mais utilizados são florais, animais, frutas (especialmente abacaxis) e geométricos.

No Japão e na Nigéria o Batik é feito com pasta de amido de arroz ou de soja. Além disso, é utilizado um vapor para fixar o tingimento. Por fim, para remover o amido, o tecido é lavado.

Bloco de Madeira

Desde o século V, blocos de madeira são utilizados para estampar tecidos. Mas foi no século XVI na Itália que esta técnica aprimorou-se e influenciou toda a Europa.

Inicialmente a técnica mais utilizada era o baixo relevo, em seguida uma fita de bronze auxiliou o processo na delimitação do desenho. Quando o desenho é grande, ele é dividido em mais de um bloco, principalmente para não ficar muito pesado e dificultar o processo, pois as pranchas normalmente tem 5 cm de altura.

Na hora de carimbar, é utilizada uma almofadinha com o corante, igual a um carimbo de escritório, e a madeira é pressionada com a palma da mão ou com um martelo de madeira.

Primeiro se estampa uma cor no tecido inteiro, para depois mudar de cor. Cada bloco, uma nova cor. Como esta técnica utiliza apenas o contorno do desenho, artesãos completavam com pintura à mão.

Rolo de Madeira

Com o desenvolvimento técnico, no século XVIII, o bloco de madeira foi substituído por uma madeira cilíndrica para facilitar a mecanização do processo. No fim deste século já eram utilizados cilindros de cobre.

A ideia deste processo era facilitar a alimentação do rolo com o corante e automatizar o processo. Uma lâmina de aço remove o excesso de corante antes de realizar a estampa no tecido.

Cilindro

O rolo de cobre, ou roule-aux , foi patenteado pelo escocês Thomas Bell em 1783. O processo era 25x mais ágil e eficaz e difundiu-se rapidamente.

Muitas manufaturas aderiram a técnica, e a mais famosa delas foi a francesa Jouy-e-Josas, onde foram desenvolvidos famosos desenhos miúdos e repletos de detalhes.

Quadro

De origem oriental, o quadro, era utilizado desde o século XVIII no setor têxtil. Posteriormente o quadro foi chamado de serigrafia e amplamente utilizado para ”estampar” propagandas publicitárias em papel.

Assim como o Batik, o quadro recebe um verniz para isolar as áreas que não serão estampadas. Em seguida é espalhada uma pasta com corante, com o auxílio de uma espátula, sobre o tecido para estampar as áreas desejadas.

O quadro ainda é muito utilizado até hoje. A marca de alta costura Hermès estampa seus lenços de seda com este método.

Cilindro Rotativo

Este método é a junção do cilindro com o quadro e foi desenvolvido em 1962 para facilitar o processo industrial, e principalmente o uso de computadores no processo.

Neste processo é utilizada uma tela cilíndrica de inox e o tecido estampado ao invés de estar em uma mesa é colocado em uma esteira rolante, agilizando e automatizando ainda mais o processo.

Os avanços neste método possibilitaram resultados mais nítidos, utilização de mais cores, estampar qualquer motivo, sem falar na agilidade.

Transfer

O transfer é um dos métodos de estamparia mais famosos e mais utilizados em camisetas. Outro nome para o transfer é termoimpressão. É um método mais caro, porém, super personalizado, pois é possível estampar apenas um único produto e não ter a necessidade de ter metros de tecido estampados com o mesmo motivo no seu estoque.

O método surgiu em 1980, na França, onde a alta temperatura é empregada para fixar o corante na superfície. Normalmente o desenho está localizado em um papel e este papel é colocado sob o tecido e ambos são colocados sob dois cilindros que se aquecem simultaneamente.

Sublimação

Quimicamente falando, a sublimação é a passagem do estado sólido diretamente ao gasoso sem passar pelo estado líquido. Na sublimação têxtil é possível utilizar uma infinidade de cores. Basta adicioná-las no momento da criação da estampa.

Quando aplicada ao setor têxtil, esta é uma técnica de estamparia muito parecida com o transfer, mas neste caso é utilizado o papel sublimático com tinta sublimática em uma prensa aquecida. Outro detalhe é que o papel sublimático não cola no tecido como o transfer, o papel está ali apenas como uma base temporária para abrigar o desenho antes da sua reação química que resultará na estampa.

A sublimação também pode ser feita em pequena escala, assim como o transfer.

Sua principal diferenciação é que esta técnica tem melhores resultados quando aplicado a tecidos 100% poliéster, como é o caso dos nossos Drys e do Poliéster Fiado, também conhecido como malha PP.

Jato de Tinta

Um método atual, que reune a tecnologia e a agilidade do computador com a beleza da estamparia. Com esta técnica é possível estampar tecidos extensos e parar de ”imprimir” o tecido na hora que for necessário. Evitando a produção de tecidos com uma mesma estampa em excesso.

Aqui na Ponta de Estoque da Cabo Verde Tecidos trabalhamos com diversos fornecedores do mercado têxtil, vem garimpar nossas lindas estampas. A ponta de estoque fica localizada na Rua Bresser, 499, no Brás em São Paulo. Você pode adiantar a pesquisa dando uma espiada em nosso site.

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Tipos de corantes para tinturaria e estamparia

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Um bom corante, ou pigmento, precisa ser testado previamente para resistir as lavagens e a exposição solar. Pensando nisso, a indústria têxtil vem se aprimorando cada dia mais para entregar o melhor resultado possível para o consumidor.

E como nós da Cabo Verde Tecidos, estamos sempre antenados em tudo, selecionamos os 6 cores principais do mercado para explicar brevemente para vocês aqui no blog, confira a seguir:

Corantes diretos

São os corantes mais práticos do mercado, eles por si só, já fixam no tecido sem o auxílio de outros produtos químicos. A casca de noz, por exemplo, origina uma coloração marrom / preta e é fixada tranquilamente.

Corantes a mordente

Grande parte dos corantes naturais não são fixados instantaneamente, eles são tratados com os mordentes. Mordentes são sais de origem mineral como o sal de ferro, sal de cromo ou sal de estanho e eles ”mordem” o tecido para fixar a cor.

O mordente pode ser aplicado previamente no tecido para obtenção de uma cor homogênea ou juntamente com o tingimento.

Corantes de cuba

Os corantes de cuba são o resultado de uma reação química de oxidação. O tecido é imergido em um composto incolor e depois exposto ao ar para ocorrer a reação e a exposição da cor.

Corantes a cobre

Os corantes a cobre tem por objetivo proteger a cor das luzes e das lavagens. Neste caso o tecido é imergido é um banho de sulfato de cobre.

Corantes ácidos

Muito utilizados para tingir lã e outros pelos de origem animal e a seda, tecidos naturais. Estes corantes são fixados as fibras através da reação química com o hidrogênio. Quando utilizado de forma artesanal, pode-se utilizar o vinagre ou o ácido cítrico para tingir.

Corantes na massa

Antes da transformação da fibra em fio, é adicionado o corante à uma massa líquida ou pastosa para tingir as fibras antes que virem fios. Este processo é normalmente aplicado ao raiom e ao náilon. O resultado é um tingimento firme e inalterável, segundo a Enciclopédia Multimídia Hachette.

Na Cabo Verde Tecidos contamos com uma ampla linha de produtos de fabricação própria, aos quais utilizamos os melhores corantes do mercado. Para conferir todos os detalhes sobre nossas malhas pronta entrega acesse nosso site e faça seu orçamento agora mesmo.

Aqui na nossa ponta de estoque possuímos uma infinidade de estampas em malhas dos melhores fornecedores têxteis do mercado. A ponta de estoque está localizada na Rua Bresser, 499, no Brás em São Paulo. Você pode adiantar a pesquisa dando uma espiada em nosso site, porém, devido a alta rotatividade do nosso estoque as compras da ponta de estoque são 100% presenciais.

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25 Tratamentos têxteis: saiba mais sobre eles

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Os tratamentos têxteis não deixam de ser considerados etapas adicionais do processo de beneficiamento têxtil. Normalmente estes tratamentos são feitos na etapa final de produção do tecido para melhorar ou modificar determinada característica.

Acompanhe a lista de 25 tratamentos têxteis que separamos para você. Muitos deles são considerados parte do beneficiamento têxtil final do tecido:

  1. Acabamento crackant: Acabamento áspero para tecidos de seda, acetato ou triacetato.
  2. Acabamento lave e use: Tratamento para que o tecido de algodão não se amarrote facilmente, evitando assim o uso de ferro de passar.
  3. Antifogo: Tecido que não queima. Ideal para locais de grande concentração de pessoas.
  4. Antimanchas: Impede fixação de manchas e repele sujeira, facilitando a lavagem.
  5. Antiestáticos: Impede a fixação de poeira.
  6. Antimicroorganismo: Impede o desenvolvimento de fungos, deterioração biológica e microorganismos.
  7. Antiparasitas: Impede o ataque de microorganismos em maior quantidade.
  8. Anti-ruga: Evita o amarrotamento.
  9. Amaciante: Deixa o tecido com toque suave.
  10. Encorpante: Engrossa e enrigesse o tecido.
  11. Calandragem: Deixa o tecido lustroso.
  12. Carregamento: Deixa o tecido mais pesado.
  13. Escovagem: Deixa o tecido fibroso, para auxiliar no isolamento térmico além de melhorar o toque.
  14. Flanelagem: Adiciona um efeito felpudo ao tecido.
  15. Gofragem ou Cloquê: Efeitos de relevo no tecido.
  16. Hidrofugação: Propriedades para repelir a água sem prejudicar a respirabilidade do tecido. Não obstrui os poros do tecido.
  17. Impermeabilização: Evita a passagem de líquido para o outro lado do tecido, obstruindo os poros através de uma resina.
  18. Lixagem: Cilindros que raspam o tecido com lixas para deixar ele mais fibroso. O efeito visual é mais sútil do que a flanelagem.
  19. Matificação: Retira o brilho de fios brilhantes como acetato e poliamida.
  20. Moiré: Efeitos de ondulação com brilho moderado.
  21. Pré-encolhimento: Evita o encolhimento do produto pronto.
  22. Prensagem permanente: Uso de resina e prensagem a quente do tecido já confeccionado no modelo final. Ex: Saia de pregas.
  23. Resinagem PVC: Tecido final similar a uma borracha.
  24. Resinagem Acrílica: Resinagem que impermeabiliza o tecido.
  25. Resinagem por Termofixação: Calor para dar estabilidade, impedindo deformações futuras.

Informações retiradas do livro: Tecidos: História, tramas, tipos e usos de Dinah Bueno Pezzolo

Grande parte de nossos tecidos, tanto de fabricação própria, como de ponta de estoque, passam por um ou mais tratamentos para obter o resultado que desejamos. Cada um destes tratamentos é realizado por profissionais capacitados em processos industriais.

Outro detalhe é que alguns destes acabamentos é realizado sob sigilo industrial dentro do processo de fabricação de tecidos, como forma de diferenciação no mercado. Outros tratamentos já são mais comuns e são fundamentais para a venda de determinados produtos. Neste caso, eles devem ser informados ao consumidor final a fim de esclarecer possíveis dúvidas e atender as expectativas do cliente.

Tratamentos mais comuns como anti fogo, anti manchas, impermeabilização, flanelagem e resinagem, por exemplo, também servem como forma de diferenciação adicionando informações úteis para a equipe comercial e de marketing, valorizando assim, o produto final.

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O que é beneficiamento têxtil? Quais são as etapas deste processo?

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O objetivo do beneficiamento têxtil é melhorar as características das fibras, fios e por consequência do tecido final. Destacamos aqui os beneficiamentos têxteis mais utilizados na indústria, porém, existem outros beneficiamentos que são feitos em processos adicionais, para resultados específicos de acordo com o processo de produção de cada tecido.

Limpeza

No início do processo é fundamental limpar a matéria-prima, eliminando sujeiras e gordura (principalmente das fibras naturais). Em cada tipo de fibra é feita uma preparação diferente para o processo seguinte.

Desengomagem

Responsável por retirar produtos que foram adicionador ao urdume para aumentar sua rigidez durante o processo de tecelagem. Normalmente a desengomagem é feita com produtos químicos ou bioquímicos. Engomar o tecido só auxilia nesta etapa, nas etapas seguintes precisamos que o tecido absorva os materiais utilizados para que as etapas seguintes façam sentido, por isso é feita a desengomagem.

Alvejamento

Fibras celulósicas de origem natural apresentam uma coloração amarelada, por isto, nesta etapa é feito um branqueamento químico. Este processo também auxilia em remover impurezas e preparar o tecido para as próximas etapas.

Branqueamento Óptico

Este processo é utilizado para somar esforços ao alvejamento feito anteriormente. Nesta etapa é adicionado um produto químico que reflete raios azulados e violáceos para inibir a ação da tonalidade amarela presente no tecido. Por esta razão muitos tecidos brancos brilham no escuro quando submetidos a luz negra de casas noturnas.

Navalhagem

É um tipo de corte feito nas fibras salientes da superfície do tecido. Este processo serve para evitar um tecido de toque áspero e eliminar possíveis problemas na etapa de estamparia.

Flambagem

Outra opção para eliminar as fibras salientes é a flambagem. Ela tem a mesma função da navalhagem, mas seu processo é feito através da queima do tecido.

Prefixação

Este processo é utilizado para evitar encolhimento e alongamento do tecido. Muito utilizado em fibras sintéticas, ele serve para evitar que o tecido quando aquecido tenha distorções. A ideia de prefixar o tecido é submetê-lo a temperaturas altíssimas para já deixar ele ”acostumado”.

Tinturaria

Neste processo, o tecido recebe corantes para chegar em sua coloração final. Os corantes podem ser químicos ou naturais.

Estamparia

O processo de estamparia é feito posteriormente ao de tinturaria e tem como objetivo ”imprimir” desenhos no tecido. Existem diversos tipos de processos que resultam em um tecido estampado, cada um deles deve ser analisado com critétiro para resultar no melhor resultado possível com custo benefício compatíveis.

Processos adicionais

Com o tecido praticamente pronto, é possível adicionar tratamentos extras para obter o resultado desejado como flanelagem, antifogo, antimanchas, impermeabilização, entre outros.

Com base nesses processos produzimos nossa linha de fabricação própria. O objetivo da Cabo Verde Tecidos é desenvolver tecidos de qualidade com o melhor custo benefício para nossos consumidores.

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Curiosidades sobre a história da tinturaria de tecidos

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O processo de beneficiamento têxtil possui diversas etapas, depois que elas são finalizadas começa o processo de tinturaria e estamparia.

Raramente são utilizados tecidos em sua cor natural da fibra, por isto, a tinturaria é um dos processos mais importantes da indústria têxtil para conferir cor ao tecido que está sendo desenvolvido e suprir as necessidades do mercado.

No início os corantes eram todos naturais,(vindos de origem animal, vegetal e mineral. O primeiro dado que se tem na história, é de que na China por volta de 2600 a.C. os corantes naturais já eram utilizados. Países orientais, como China e Índia, desenvolveram muita pesquisa e técnica em torno dos corantes naturais. Países tropicais auxiliaram neste processo, devido a sua variedade de materiais originados de plantas.

Assim como nossa malha de algodão natural que recebe seu tingimento a partir de corantes como a clorofila, cúrcuma, urucum, carmin, e também conta com processos de preparação com casca de laranja e acabamento com amaciante de casca de arroz.

Ao longo da história, as cores nas vestimentas passaram a representar também status social, principalmente para diferenciar a nobreza e o clero, dos demais habitantes.

Em 1497, Vasco da Gama, trouxe do ”caminho das Índias”, um grande avanço para a tinturaria na época. A ”troca” de conhecimento e matéria-prima foi muito importante para a história da tinturaria.

O Índigo, corante que confere a cor azul a calça jeans, chegou na Europa e m 1516. Na época holandeses compraram cerca de 66 toneladas deste corante, que era comercializado a preço equiparável a 5 toneladas de ouro.

Enquanto isso, portugueses exploravam as florestas da América do Sul em busca de novidades neste setor. O pau-brasil, a cochonilha (corante que inspirou a cor do ano de 2023 da pantone) e madeira amarela, são alguns destes exemplos.

Conhecer a historia é bom demais, por isso aqui no blog, além de história, também estamos sempre antenados nas novidades do mercado têxtil e nas tendências de moda. O blog da Cabo Verde Tecidos tem postagens semanais para trazer muito conhecimento e atualizações para vocês.

E a nossa pesquisa não para só no blog, nós desenvolvemos malhas de altíssima qualidade, e isto começa com a compra e seleção dos fios. Toda a nossa cadeia produtiva passa por processos de beneficiamento, tecelagem e tinturaria até sua finalização e venda aqui em nossa loja física.

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Entendendo melhor Gramatura e Rendimento

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Um tema muito polêmico em todo mercado têxtil, é gramatura e rendimento. Mas a Cabo Verde tem a missão de facilitar as informações para minimizar as dúvidas de todos vocês.

Gramatura é uma unidade de medida dada à massa por unidade de superfície. O resultado mais comum é quantas gramas de tecido têm-se por metro quadrado.

Com esta medida, é possível saber o rendimento do tecido. O rendimento do tecido é outra medida muito importante na indústria têxtil, pois com ela, é possível estimar a quantidade de tecido necessária para uma produção.

O cálculo de rendimento correto auxilia evitando desperdícios e também, do outro lado, a necessidade de comprar mais matéria prima. A falta do tecido mobiliza diversos departamentos da empresa, atrasa a produção e ainda causa um novo deslocamento ao fornecedor.

O resultado do rendimento é sempre dado em quantos metros de tecido ele rende por quilo. O rendimento é calculado com os valores da gramatura e da largura do tecido.

No caso de tecidos tubulares o valor da largura deve ser multiplicado por 2. No caso de tecidos ramados, já abertos, não há a necessidade de fazer nada.

Rendimento Linear Tecido Ramado = (1 x 1000) / largura total x gramatura

Rendimento Linear Tecido Tubular = (2 x 1000) / largura total x gramatura

Vale ressaltar que a norma assegura que é normal ter uma oscilação nos valores fornecidos para gramatura e rendimento. O valor aceitável é de 5% para mais ou para menos.

As oscilações nestes valores também acontecem pois na etapa de tingimento, a densidade dos pigmentos, temperatura e tempo de processo podem variar, resultando em algumas tonalidades de tecidos mais leves e outras mais pesadas. Além disso, fatores como temperatura e umidade podem interferir na gramatura do tecido.

Para auxiliar nossos clientes que compram no varejo, em nossa loja, e ainda não estão habituados com estes cálculos, é possível solicitar para nossos vendedores que o tecido seja pedido em metros para posteriormente ser pesado e faturado. Desta forma, você tem certeza de quantos metros está levando para sua produção.

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Proteção solar nos tecidos de malha

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Um dos maiores objetivos da proteção solar em roupas é exatamente proteger o homem da irradiação solar e de possíveis diagnósticos de câncer de pele.

A proteção solar pode ser feita através dos tipos de fibras utilizadas, das cores, da construção do tecido ou até mesmo por um tratamento ou beneficiamento têxtil.

Com o avanço da tecnologia é possível obter laudos para saber qual fator de proteção solar determinado tecido tem apenas por seu tipo de trama. A trama do tecido é uma barreira física, como um boné que protege sua cabeça do Sol.

Cores mais escuras absorvem mais a luz e o calor, enquanto cores claras refletem a luz e o calor. Isto explica que roupas de verão tendem a ser claras enquanto as roupas de inverno mais escuras. Roupas brancas e de fibra natural são muito mais agradáveis e frescas do que roupas pretas de fibra sintética, por exemplo.

A proteção solar através de tratamento têxtil também é adicionada para proteger os fios dos raios UVA E UVB e além de sua eficácia, torna-se um fator de diferenciação na hora da comercialização do tecido de malha e consequentemente da roupa pronta.

Em nosso estoque temos disponível no momento a Lycra Praia, da Rosset, que possui fator de proteção solar FPS 50+ como tratamento adicional e são tecidos perfeitos para confeccionar linha de moda praia e fitness.

Este tecido está disponível no setor de revenda de primeira linha. Mas também é possível encontrar outros tecidos com proteção solar em alguns lotes da nossa ponta de estoque, informe-se com nossos vendedores no ato da compra presencial em nossa loja.

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Curiosidades sobre o Elastano

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O elastano é uma fibra química proveniente do etano. Se fossemos traduzir o nome ao pé da letra seria um etano com elasticidade. As fibras químicas vem sendo desenvolvidas pelo homem desde o século XIX e hoje são extremamente importantes para complementar o mercado têxtil, pois sem elas, seria impossível suprir todas as demandas de tecidos apenas com fibras naturais.

O elastano é uma fibra química que não pode ser utilizada de forma isolada, ela necessita ser misturada com outras fibras para dar origem a tecidos, sejam eles planos, ou de malha. Normalmente o máximo de elastano utilizado em uma malha é de 20%. No mercado, é comum encontrar elastano entre 5% e 20% como composição padrão. Outras variações que fogem desta faixa podem apresentar defeitos, ou novos efeitos desejados de forma proposital.

O elastano foi inventado e registrado pela Dupont sobre o nome de Lycra®. E apesar da matéria-prima ser a mesma, o elastano, só está autorizado utilizar o nome da marca Lycra® quando o fio for produzido pela Dupont. Nos demais casos o elastano é chamado também de stretch e de spandex pelo mercado têxtil.

O elastano é muito utilizado em tecidos de moda praia e fitness, lingerie, moda esportiva e artigos de moda em geral, especialmente femininos, mas com uso também em infantil e masculino. O elastano é normalmente misturado com as principais fibras têxteis como o poliéster, a poliamida, a viscose e o algodão com o nome de cotton.

O elastano também é amplamente utilizado para confecção de cintas de aplicações estéticas e outros itens de aplicação médica que exigem o uso de tecidos firmes e com boa aderência, sem perder o conforto.

O elastano é considerado uma fibra elastoméririca, e sua principal vantagem é alcançar até 5x seu tamanho normal sem ter a fibra rompida. É uma fibra extremamente resistente quando o assunto é abrasão e resistência a produtos químicos como loções, detergentes e até mesmo transpiração do usuário.

É possível encontrar tecidos fabricados com elastano com qualidades comparáveis aos da Lycra®, porém só pode ser chamado de Lycra® tecidos confeccionados a fibra de elastano produzida pela Dupont.

Na nossa revenda de primeira linha trabalhamos com 2 tipos de Lycra®: a Lycra® Prad e a Lycra® Praia.

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Qual é a diferença entre tubular e ramado?

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Antes de abordarmos este tema polêmico e que gera muitas dúvidas no mercado têxtil precisamos explicar que o entendimento desse assunto é fundamental para o cáclulo de gramatura, rendimento para a precificação do produto.

Os tecidos de malha são construídos a partir do entrelaçamento de laçadas de um ou mais fios. As malhas podem ser malhas de trama, malhas de urdume e malhas mistas. A maioria dos tecidos de malharia são tubulares, ou seja, saem fechados do tear (como se fossem meias, mas em uma proporção muito maior), isto ocorre pois é a forma mais adequada de tecer o fio.

Em geral eles tem larguras variadas. Aqui na Cabo Verde, por exemplo, trabalhamos com uma variedade de larguras tanto na linha de fabricação própria como na ponta de estoque.

Grande parte dos tecidos tubulares são vendidos desta forma primeiro para eliminar mais um custo da cadeia produtiva (que seria passar na rama e ”cortar” o tecido), e segundo porque muitos dos consumidores não se importam de cortar o tecido diretamente no processo de enfesto, principalmente se não tiver problemas de espelhamento no modelo de roupa desenvolvido na confecção.

Outro cliente que não se importa com o tecido ser tubular é o consumidor que vai adquirir tecidos para fazer poucas peças, ou levar para a costureira. O que é mais importante é considerar que a largura do tecido dobrará assim que ele for cortado.

Quando o tecido tubular é aberto, ele é chamado de ramado. Este nome provém do equipamento utilizado para fazer o corte que chama-se rama. Consequentemente quando o tecido torna-se ramado, sua largura dobra de tamanho, pois ele fica aberto.

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Como armazenar seu tecido no estoque da empresa

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Ao adquirir tecidos em peça ou rolo fechado para sua produção indicamos armazená-los em prateleiras. Essa é uma pratica adotada pela Cabo Verde Tecidos que melhorou muito nosso processo de estocagem e gostaríamos de compartilhar com vocês que são nossos queridos parceiros.

Facilitando a armazenagem

As prateleiras proporcionam um aumento da área útil do estoque, facilitando a colocação dos produtos em lugares adequados e agilizando a logística da empresa. Com uma estrutura desmontável, as prateleiras podem ser colocadas em outros locais, facilitando a mobilidade da empresa no caso de uma readequação da planta.

Produtos deixados em prateleiras são colocados e retirados mais facilmente do que produtos empilhados. Principalmente se comparado a antes quando os tecidos que ficavam na parte de baixo da pilha tinham que ser retirados sem desmoronar a pilha ou com um grande esforço pois o peso acima dele era grande.

A estrutura externa destas prateleiras pode ser confeccionada em metal. As prateleiras em si podem ser feitas em madeira para a colocação dos tecidos, mas tudo depende do tamanho da prateleira que será desenvolvida para armazenar tecidos. Algumas empresas optam por confeccionar prateleiras híbridas que possam armazenar tecidos cortados e também em rolo. Cada projeto, é um projeto.

Controle de estoque

O uso das pratileiras auxilia os funcionários na organização do estoque e também na checagem dele. É possível incluir placas e etiquetas na estrutura das prateleiras para sinalizar os tecidos que encontram-se naquele lote.

Etiquete todos os produtos e utilize leitores de código de barras ou códigos QR code para abertura em celular/tablet para facilitar o controle.

As prateleiras podem ser instaladas até o teto. O móvel ideal precisa ter entre 3 e 5 prateleiras. E acesso com escada segura para a colocação de tecidos nas últimas prateleiras.

Limpeza

Outra razão, pela qual as prateleiras valem a pena, é a limpeza. O ideal é deixar o produto longe do chão para evitar que ele encha de poeira e outras sujeiras indesejadas.

Na hora de estocar opte por estocar tecidos escuros na parte inferior e tecidos claros na parte superior das prateleiras.

No caso de um alagamento indesejado, as prateleiras evitam que os tecidos sejam molhados, e portanto, perdidos.

Tecidos embalados permanecem limpos até o uso. Opte por não remover o plástico ou plastifique os que vierem sem.

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Porque precisa descansar a malha?

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O processo de descansar a malha é altamente indicado para evitar que o tecido fique deformado, obtenha variação de tamanho e outros problemas no processo de confecção.

O mais indicado é descansar o tecido antes da etapa de corte e costura do tecido. O ideal é fazer o enfesto (corte do tecido) com o tecido descansado por no mínimo 24 horas e posteriormente costurar o item de vestuário.

Outra dica antes de descansar a malha é evitar o tensionamento do tecido na hora de desenrolar ele da peça. A ideia é que ele retorne facilmente á sua estabilidade dimensional sem intervenções.

Não são todas as malhas que precisam ser relaxadas, o ideal é perguntar ao fabricante se é necessário descansar antes de submeter a malha a esse processo a fim de econimizar tempo em sua produção.

Para minimizar e agilizar o processo de descanso da malha, no mercado têxtil temos máquinas disponíveis que se chamam relaxadeiras. Com estas máquinas é possível reduzir drasticamente o tempo do processo que demoraria entre 1 e 2 dias para apenas alguns minutos.

Muitas máquinas são integradas com o computador e podem ser pré programadas com antecedência com base nos tecidos mais utilizados para ter seu próprio banco de dados e agilizar mais ainda o processo de relaxamento da malha.

Descansar a malha evita encolhimentos, deformações e perda de material na produção.

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Poliéster, Poliamida e Viscose: História das Fibras químicas

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A demanda por tecidos de baixo custo e agilidade no mercado têxtil impulsionaram o avanço das pesquisas e do desenvolvimento em torno das fibras químicas e suas propriedades.

O objetivo de utilizar fibras químicas como a poliamida e o poliéster é trazer conforto para o usuário com um tecido de características iguais ou até mesmo superiores dos que os tecidos de origem natural.

Outro fator importante para o desenvolvimento das fibras químicas foram eventuais dificuldades de produção agrícola. As fibras químicas podem ser artificiais, ou seja, a partir de processos químicos em matéria-prima natural, animal ou vegetal como a viscose que é proveniente da celulose.

Ou fibras químicas sintéticas, originadas em processos químicos obtidos através de carvão mineral ou petróleo. Este é o caso do poliéster e da poliamida, dois polímeros.

A primeira fibra química desenvolvida foi o Raiom, com o objetivo de imitar a seda. Esta fibra foi criada pelo químico francês Hilaire Bernigaud e apresentada a todos em 1889.

Em 1921, os irmãos suiços Henry e Camille Dreyfus desenvolveram uma fibra química artificial a partir da celulose, a fibra ficou conhecida como Raiom celulose.

Em 1935, o químico americano Wallace Carothers, desenvolveu o náilon, uma fibra química sintética derivada da resina de poliamida. O nome náilon é dado tanto para a fibra como para o tecido. Na época, de uso exclusivo da Dupont. Esta fibra revolucionou a indústria têxtil.

Em 1941, os químicos britânicos John Rex Whinfield e James Tennant Dickson inventaram o poliéster. Na época, chamado de telyrene. O poliéster que conhecemos hoje passou por diversos processos de inovação desde então.

E assim essas, e diversas outras fibras químicas foram desenvolvidas e aperfeiçoadas ao longo do tempo, para se tornarem as fibras que conhecemos hoje.

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Como fazer o enfesto perfeito

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O enfesto é uma etapa muito importante dentro de uma confecção. Este processo agiliza o corte dos tecidos de acordo com o molde de roupa planejado.

Realizar um enfesto requer muita atenção, principalmente sobre o avesso e o direito do tecido utilizado, para que a modelagem possa ser cortada corretamente, quando não for simétrica.

Tipos de enfesto

Exisem três tipos principais de enfesto: direto, folha a folha e face a face.

O processo direto facilita quando o direito e o esquerdo do tecido fica sobreposto e você pode cortar simultaneamente os dois lados do modelo. O risco de variar tonalidade existe, pois são partes distintas, mas neste caso, a agilidade é o fator determinante.

O processo folha a folha, também conhecido como orientado, e consiste em separar as partes do molde em duas ou mais pilhas , a fim de formar pares. Para executar o corte, demora o dobro do tempo, mas é bem mais assertivo em modelos que requerem mais dedicação e consequentemente há menor risco de variar tonalidade.

O processo face a face serve para tecidos que precisam formar pares. São separadas em pilhas diferentes e o risco de ter variação de coloração é maior.

Principais cuidados

Antes de ser realizado o corte, o tecido deve ser estendido em uma mesa de corte em camadas planas e alinhado para descansar. Este processo de descanso minimiza deformações e encolhimentos. Estirar e enrugar o tecido podem estragar todo o processo de enfesto. Evite tensionar o tecido na hora de desenrolar ele para que ele retorne facilmente á sua estabilidade dimensional.

Controlar desperdício nas extremidades, na hora de posicionar o molde é fundamental para enfesto sustentável. No caso de tecidos de ponta de estoque, vale localizar os defeitos presentes para que eles sejam removidos e não atrapalhem na modelagem. Cuidado ao casar uma das laterais do tecido para que não falte nenhum pedaço ou pegue a parte das marcações na ourela do tecido.

Pesquise antecipadamente sobre o processo de enfesto em cada matéria-prima. No caso de enfesto em tecidos de Lycra, o ideal é deixar o tecido descansar por 36 horas antes de enfestar. Não ultrapassar 40 folhas de enfesto ou 15 cm de altura.

A faca do enfesto deve ser bem afiada, falhas na hora do corte podem resultar na perda desnecessária de material têxtil.

Formas de enfestar

Existem 3 formas de realizar o enfesto: enfesto manual, enfesto mecânico e enfesto elétrico.

O enfesto manual é feito de forma artesanal com duas pessoas responsáveis. Uma realiza o casamento lateral do tecido e a outra faz o enfesto.

O enfesto mecânico utiliza uma máquina enfestadora, responsável por transportar o rolo de tecido de um lado para o outro da mesa de corte. Para realizar este processo é necessário um enfestador e um auxiliar.

O enfesto elétrico utiliza um carrinho elétrico programado por computador. Neste processo apenas uma pessoa é responsável pelo processo para acompanhar e realizar o controle de qualidade.

Informações fornecidas por UnB (Centro de Apop ao Desenvolvimento Tecnológico)

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Conheça a Cochonilha: O corante que inspirou a cor do ano de 2023 da Pantone

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Não se sabe ao certo, mas por volta de 400 a.C., foram os indianos começaram a explorar este corante natural que movimenta a indústria de cores desde então. A cochonilha é muito utilizada na indústria alimentícia, cosmética, farmacêutica e têxtil.

A cochonilha é um inseto parasita que da cor ao corante vermelho natural, ou melhor vermelho carmim. Mas é possível obter tonalidades desde o vermelho escarlate até o púrpura.

Este inseto da família dos coccídeos tem várias espécies diferentes, dependendo de sua região geográfica. A cochonilha doméstica é conhecida como da América ou do México. A cochonilha laque vem da Índia e da Birmânia. A cochonilha do Velho Mundo, é proveniente da Armênia, Egito e Polônia.

A cochonilha pode ser encontrada em diferentes tipos de planta, no México, por exemplo ela é normalmente encontrada em cactus.

O corante de cochonilha já tingia a roupa de habitantes dos Andes Peruanos e do México quando os espanhóis chegaram. No fim do século XVI a Europa substituiu o Quermes, corante natural proveniente de outro inseto, pela Cochonilha. A nova opção era mais duradoura pois resistia melhor a luz, a cor atraia a todos por sua beleza e a resistência a transpiração e a lavagem também era superior.

Para se obter o pigmento é necessário aproximadamente 14 mil colchonilhas para dar origem a 100g de corante. Normalmente as fêmeas cheias de ovos dão origem a uma maior quantidade de corante. O corante é obtido através de um processo de aquecimento, seja ele por desidratação em estufa ou exposição ao sol.

Aqui na Cabo Verde Tecidos temos a malha de algodão tradicional 100% algodão na cor magenta e o dry 100% poliéster. Nossas tonalidades de Magenta não possuem o mesmo código Pantone do Pantone Viva Magenta, a cor do ano de 2023, mas a coloração é bem próxima. Nosso Pantone aproximado é 18-1754 TCX.

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Dicas para manter sua malha de algodão sempre perfeita

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A malha de algodão é uma malha resistente, com manutenção descomplicada e lavagem sem grandes segredos. O algodão é uma fibra extremamente confortável e absorve bastante umidade.

Aqui na Cabo Verde Tecidos, todos os nossos produtos de fabricação própria apresentam estas informações de cuidado e conservação descritas em nosso site para que sejam realizadas consultas e você possa salvar e incluir na sua etiqueta de fabricação.

Lavagem

Todas as malhas de algodão devem ser lavadas com cores semelhantes, principalmente na primeira vez, para evitar manchas nas outras roupas, devido ao tingimento.

Não use alvejantes, principalmente com cloro, este tipo de produto além de alterar a coloração da malha de algodão, também enfraquece as fibras do tecido.

Evite deixar roupas de algodão de molho prolongado, as máquinas de lavar tem a programação adequada para cada tipo de material, siga as indicações de fábrica.

Evite lavar a roupa em altas temperaturas, a recomendação de lavagem para uma malha de algodão é de no máximo 40 graus célcius.

Ao lavar artigos 100% algodão junto com artigos de algodão/poliéster utilize saquinhos de proteção (aqueles de redinha utilizados para roupas íntimas) para isolar as malhas, pois o atrito entre elas pode provocar o aparecimento de bolinhas.

Lavagem a seco não é indicada para malhas 100% algodão.

Secagem

O processo de secagem ideal é em varal. Secagem a sombra é altamente recomendado para prolongar as cores da malha.

Não utilize máquinas de secar, a lavagem em tambor não é recomendada em nosso processo de cuidado e conservação. Em primeiro lugar para preservar a fibra de algodão, e em segundo lugar para evitar encolhimento.

Passadoria

O processo de passadoria deve seguir as instruções descritas no cuidado e conservação, pois algumas malhas de algodão aceitam apenas temperaturas de 110 graus célsius, enquanto outras, aguentam até 150 graus célcius. O ideal é analisar cada malha de algodão separadamente, principalmente se ela for mista com outra fibra.

Ferros de passar roupa caseiros normalmente utilizam botões específicos de acordo com o material que será passado, neste caso, siga a orientação do modo algodão para malhas compostas por 100% algodão.

Informações obtidas na resposta técnica do SENAI / FIERGS e nas informações de conservação e lavagem de nossos produtos.

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Modo de lavagem para etiquetas de uniformes

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Você sabia que por lei você precisa colocar todas as informações sobre cuidado e conservação dos tecidos nas etiquetas de seus produtos?

A lei das etiquetas nada mais é do que uma norma que auxilia o consumidor a cuidar do seu produto final na hora em que ele precisa lavar, secar, passar ou utilizar algum produto químico na roupa.

Os símbolos têxteis também auxiliam no processo de confecção da roupa, onde a estilista terá que decidir os tecidos que possuem características mais próximas para não ter problemas na hora de etiquetar. Um caso típico de problema na hora de misturar tecidos é misturar tecidos claros com escuros e na hora da lavagem o tecido escuro causar manchas no tecido claro.

Todo o processo de criação e confecção de um item de vesturário deve levar em consideração estas normas técnicas disponibilizadas pelo IPEM (Instituto de pesos e medidas do Estado de São Paulo) e também pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Para auxiliar nesse processo de etiquetagem de uniformes, a Cabo Verde Tecidos também disponibiliza as informações de cuidado e conservação em todos os tecidos de fabricação própria descritos no site, assim como a malha de algodão básica, muito utilizada por nossos clientes para a confecção de uniformes.

Outra informação necessária para a confecção das estiquetas é a composição do tecido. Estas informações também disponibilizamos em nosso site.

Além das informações técnicas, será necessário incluir informações da empresa que está produzindo o artigo de vestuário. Na parte de cima da etiqueta deve constar o nome fantasia, logo ou razão social, seguido de CNPJ. Também é imprescindível colocar o nome do país em que o artigo foi produzido. A informação de tamanho pode constar nesta etiqueta ou em uma etiqueta secundária.

Algumas marcas preferem não utilizar etiquetas, seja para serem ecológicas, cortar gastos ou simplesmente evitar o transtorno de ter que fazer seus consumidores cortarem etiquetas grandes e incômodas posteriormente. Neste caso, as marcas que não desejam colocar uma etiqueta, podem optar por estampar estas informações de forma clara e nítida na parte de dentro da roupa, mas vale checar periodicamente a norma para acompanhar as atualizações.

Informações da Malha de Algodão Básica

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Tecnologia Têxtil: 8 características das fibras têxteis

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As fibras são a principal matéria-prima utilizada para fabricar tecidos. As fibras são transformadas em fios pelo processo de fiação e na sequência começa o proceso de tecelagem para dar origem ao tecido. Para começar essa longa jornada até o tecido pronto, destacamos 8 principais características das fibras têxteis que devem ser levadas em consideração para avaliar a qualidade do produto final:

Finura:

Quanto mais fina, melhor o tato. Tecidos de microfibra, por exemplo, são tecidos de toque macio devido a espessura dos fios.

Elasticidade:

Com uma força de tração é possível alongar e depois soltar para que a fibra volte ao seu estado natural. fibras como o elastano são conhecidas por sua elasticidade.

Resistência:

Capacidade das fibras voltarem a sua forma natural depois de ter sido amarrotada.

Toque:

É a sensação de conforto da fibra em contato com a pele.

Hidrofilidade:

Capacidade de absorção e retenção de água. O algodão absorve água, assim como outras fibras naturais. Enquanto isso a poliamida e o poliéster não absorvem e não retem água.

Hidrofobilidade:

Capacidade de absorver lentamente ou repelir água. Característica comum das fibras sintéticas como poliamida e poliéster.

Comportamento diante de produtos químicos:

Reação química causada com a interação de ácidos, alcool e solventes orgânicos

Desgaste:

Avaliação da fibra depois da ação de agentes mecânicos.

Estas informações foram consultadas no livro: Tecidos, História, Tramas, Tipos e Usos.

São diversas fibras têxteis presentes na indústria têxtil, mas hoje, destacamos as principais fibras presentes nos fios da nossa loja:

Algodão

Elastano

Poliéster

Poliamida

Viscose

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Qual é a diferença entre fibra e fio?

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Através de um processo chamado fiação, a fibra é transformada em fio. Portanto, é na fibra que começa o processo de confecção de um tecido. A fibra se transforma em fio e o fio por sua vez é misturado com outros fios, que juntos, dão origem ao tecido.

As fibras são dispostas de forma paralela para ficarem homogêneas e na sequência passam em variadas máquinas de limpeza e de torção. Assim, a fibra está preparada e na espessura correta para se tornar um fio.

Hoje, são combinados diversos tipos de fio de mesma composição ou de composições diferentes para dar origem a tecidos de infinitas variedades.

As fibras são divididas em dois grupos: naturais e químicas.

Fibras Naturais

As fibras naturais são as fibras que são provenientes da natureza, seja por vegetais ou por animais. Durante muitos anos essas fibras eram as únicas opções para confeccionar roupas e outros artigos.

As fibras vegetais mais famosas são: algodão, linho, sisal, juta.

As fibras animais mais famosas são: lã e seda.

Fibras Químicas

As fibras químicas são divididas em dois grupos. As artificiais e as sintéticas.

As fibras artificiais mais famosas são: Raiom (que dá origem ao acetato e a viscose), modal e tencel (também chamado de liocel).

As fibras sintéticas mais famosas são de origem do petróleo: acrílico, elastano, poliamida (náilon) e poliéster.

Aqui na Cabo Verde Tecidos é possível encontrar sua malha de acordo com sua composição:

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Tudo o que você precisa saber sobre tecnologia nos tecidos esportivos

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Antes de falar sobre tecidos esportivos é importante entender um pouco mais sobre as fibras químicas que dão origem aos tecidos esportivos.

As fibras químicas, sejam artificiais, provenientes de tratamento químicos feitos em matérias primas naturais, ou sejam sintéticas, provenientes do petróleo. São as fibras desenvolvidas pelo ser humano para chegar o mais próximo possível das características das fibras naturais.

As principais fibras químicas sintéticas utilizadas na confeccção de tecidos esportivos são náilon (poliamida), poliéster (tergal) e elastano.

Para desenvolver a fibra, tudo começa em um polímero, a macro molécula que é a base da estrutura da fibra. Com base nessa cadeia molecular são originadas as características da fibra, e depois o fio e depois o tecido. Estas características são muito importantes para diagnosticar a resistência, flexibilidade, maciez e o quanto de água irá absorver ou não. Se no desenvolvimento em laboratório alguma coisa mudar neste processo do polímero, o resultado será um tecido com características diferentes, e é com base nestes testes que a indústria têxtil avança cada vez mais a cada dia.

A microfibra é o resultado de um destes avanços, ela é uma fibra tão fina que além de trazer leveza aos tecidos também possui outras características marcantes como toque macio, secage rápida, baixo encolhimento, não amassa, tem bom caimento, bom isolamento ao ventro e frio.

O desenvolvimento de um tecido esportivo depende de todas estas características das fibras químicas, ou seja, é muito difícil dizer que um tecido é melhor que o outros sem comparar suas características finais.

O mercado têxtil sempre colocou o poliéster como um tecido barato e de qualidade inferior, se comparado a poliamida. Hoje podemos afirmar que existem tecidos de poliéster com qualidade superior aos de poliamida e com um ótimo custo benefício. Principalmente se o tecido for uma microfibra de poliéster ou uma microfibra de poliamida, pois as microfibras são superiores em qualidade.

Aqui na Cabo Verde tecidos possuímos diversos tecidos de fabricação própria e de ponta de estoque confeccionados com microfibra de poliamida e de poliéster com e sem elastano. Venha conferir pessoalmente nossa ponta de estoque e acesse nossos site para conhecer nossas opções de dry de microfibra de fabricação própria.

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Quais são os símbolos e abreviações mais utilizados no mercado têxtil?

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Você já se deparou com alguma abreviação têxtil em algum lugar e teve dúvidas sobre seu significado? Então estamos aqui para resolver isto.

Muitas empresas utilizam estas abreviações em fichas técnicas, notas fiscais, comunicação interna e etiquetas. Agora chegou a hora de explicar direitinho sobre cada uma delas.

No site da Cabo Verde Tecidos é possível também filtrar os produtos de acordo com seu fio, assim caso você não saiba exatamente o tecido que você precisa, mas sabe o fio que mais adequa a seu projeto você pode filtrar por fio.

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O que é CO?


CO é a abreviação para cotton, termo em inglês que significa algodão.

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O que é PES?


PES é a abreviação polyester, termo em inglês que significa poliéster.

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O que é CV?


CV é a abreviação de viscose, tanto em inglês como em português. A viscose também é chamda de rayon.

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O que é PUE?


PUE é a abreviação de poliuretano, também conhecido como elastano e spandex.

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O que é PA?

PA é a abreviação polyamid, termo em inglês que significa poliamida. A poliamida também pode ser chamada de nylon (em inglês) ou náilon (em português).

Atenção! Não confunfir com malha PA que é a malha confeccionada a partir de fios de poliéster e algodão.

Muitas vezes estas abreviações são utilizadas junto a composição do tecido como por exemplo:

Malha 100% CO – Malha 100% Algodão
Punho 97% CO / 3% PUE – Punho 97% Algodão e 3% Elastano.

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Você sabe a diferença entre Náilon, Nylon, Poliamida, Poliéster e Tergal?

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Náilon (em português) ou Nylon (em inglês) são a mesma palavra em diferentes línguas. O náilon é uma fibra química sintética derivada da resina de Poliamida. Portanto podemos concluir que Náilon, Nylon e Poliamida são a mesma coisa.

A poliamida é uma fibra macia, leve, que não encolhe, não deforma, é resistente ao usar, é resistente a fungos e traças, possui secagem rápida, é sensível a luz, não absorve umidade, não aquece, resiste ao calor, só nao resiste a produtos químicos.

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Tergal, por sua vez, também conhecido como Poliéster, é uma fibra química e sintética. O poliéster absorve pouquíssima umidade e normalmente encontra-se combinado com outras fibras têxteis. Normalmente tecidos 100% poliéster são indicados para fazer sublimação e são perfeitos para práticas esportivas.

A poliamida sempre teve a fama de ser a melhor opção dos fios sintéticos, enquanto o poliéster a opção mais popular. Hoje esta fama caiu em desuso pois a indústria têxtil vem evoluindo a cada ano para entregar tecidos com qualidade, benefícios e toque perfeito seja ele fabricado de poliéster, poliamida ou misturando estes fios com outros. É mito que a poliamida é melhor que o poliéster. Hoje em dia, existem tecidos feitos com poliéster superiores aos de poliamida graças ao avanço tecnológico.

Tanto a Poliamida como o Poliéster podem ser considerados microfibras quando são confeccionados fios com filamentos individuais e iguais ou menores do que 1 denier. Quanto maior o filamento, melhor o toque, melhor a resistência e menos amassam.

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Saiba tudo sobre os símbolos têxteis do modo de conservação dos tecidos

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Tanto na venda de tecidos, como na produção de roupas e outros artigos têxteis é necessário disponibilizar as informações de tratamento e cuidados para conservação na etiqueta. A etiqueta afixada nas roupas deve possuir um material tão resistente quanto o material da roupa, para que ela se mantenha intacta com o uso.

Com estas informações o usuário sabe como cuidar do tecido e o que pode ser feito ou não com relação ao tipo de lavagem, que inclui a temperatura ideal, se a peça pode ser lavada a mão, e se a forma de lavar é normal, suave ou muito suave. O próximo passo é o alvejamento, que é importante para saber se pode alvejar a roupa com cloro, sem cloro ou se não pode alvejar.

Com relação a secagem, as orientações se dividem em dois grupos, se pode secar em tambor (secadora) ou se deve secar de forma natural, dentro de cada um desses itens tem uma segunda orientação sobre a forma de secar. Alguns tecidos devem ser secos à sombra, outros podem secar ao sol. A posição para secar também é importante, alguns tecidos podem secar na vertical, outros na horizontal.

O próximo item fala sobre a passadoria, onde são fornecidas informações sobre o tecido, se pode passar ou não, e qual é a temperatura adequada. O último item informa se o artigo deve passar por limpeza profissional a úmido ou a seco.

Nos produtos de fabricação própria você encontra os símbolos têxteis na aba Cuidado e Conservação, pois eles são produtos de linha e tem sua produção padronizada.

Conforme disponibilizado no site do IPEM, é necessário utilizar símbolos, textos ou ambos, o importante é informar o consumidor sobre os processos na seguinte ordem:

1 . Lavagem

2 . Alvejamento

3 . Secagem

4 . Passadoria

5 . Limpeza profissional

Para mais informações consultar a tabela do IPEM:

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Fonte: IPEM