Antes de contar um pouco mais sobre os métodos de estamparia, é preciso ressaltar que todos os processos que serão mencionados a seguir contribuiram para a história da estamparia, desde seu desenvolvimento até seu aprimoramento em tempos atuais.
Os métodos de estamparia podem ser artesanais ou industriais, tudo depende do objetivo a ser alcançado e do custo benefício empregado no processo, principalmente quando se fala de processo industrial e de quantidade de tecido que será produzido com determinada estampa.
Batik
Um método desenvolvido na Índia, onde é utilizada uma cera para isolar as áreas que não se deseja estampar. Para remover a cera é utilizada água quente.
O Batik foi amplamente difundido em Amsterdã e na Holanda, na Tailândia, no Sri Lanka e em várias localidades da África como na Costa do Marfim e no Senegal.
Nesta técnica a pintura da estampa pode ser a mão ou via ”carimbo” de madeira em relevo. Os temas mais utilizados são florais, animais, frutas (especialmente abacaxis) e geométricos.
No Japão e na Nigéria o Batik é feito com pasta de amido de arroz ou de soja. Além disso, é utilizado um vapor para fixar o tingimento. Por fim, para remover o amido, o tecido é lavado.
Bloco de Madeira
Desde o século V, blocos de madeira são utilizados para estampar tecidos. Mas foi no século XVI na Itália que esta técnica aprimorou-se e influenciou toda a Europa.
Inicialmente a técnica mais utilizada era o baixo relevo, em seguida uma fita de bronze auxiliou o processo na delimitação do desenho. Quando o desenho é grande, ele é dividido em mais de um bloco, principalmente para não ficar muito pesado e dificultar o processo, pois as pranchas normalmente tem 5 cm de altura.
Na hora de carimbar, é utilizada uma almofadinha com o corante, igual a um carimbo de escritório, e a madeira é pressionada com a palma da mão ou com um martelo de madeira.
Primeiro se estampa uma cor no tecido inteiro, para depois mudar de cor. Cada bloco, uma nova cor. Como esta técnica utiliza apenas o contorno do desenho, artesãos completavam com pintura à mão.
Rolo de Madeira
Com o desenvolvimento técnico, no século XVIII, o bloco de madeira foi substituído por uma madeira cilíndrica para facilitar a mecanização do processo. No fim deste século já eram utilizados cilindros de cobre.
A ideia deste processo era facilitar a alimentação do rolo com o corante e automatizar o processo. Uma lâmina de aço remove o excesso de corante antes de realizar a estampa no tecido.
Cilindro
O rolo de cobre, ou roule-aux , foi patenteado pelo escocês Thomas Bell em 1783. O processo era 25x mais ágil e eficaz e difundiu-se rapidamente.
Muitas manufaturas aderiram a técnica, e a mais famosa delas foi a francesa Jouy-e-Josas, onde foram desenvolvidos famosos desenhos miúdos e repletos de detalhes.
Quadro
De origem oriental, o quadro, era utilizado desde o século XVIII no setor têxtil. Posteriormente o quadro foi chamado de serigrafia e amplamente utilizado para ”estampar” propagandas publicitárias em papel.
Assim como o Batik, o quadro recebe um verniz para isolar as áreas que não serão estampadas. Em seguida é espalhada uma pasta com corante, com o auxílio de uma espátula, sobre o tecido para estampar as áreas desejadas.
O quadro ainda é muito utilizado até hoje. A marca de alta costura Hermès estampa seus lenços de seda com este método.
Cilindro Rotativo
Este método é a junção do cilindro com o quadro e foi desenvolvido em 1962 para facilitar o processo industrial, e principalmente o uso de computadores no processo.
Neste processo é utilizada uma tela cilíndrica de inox e o tecido estampado ao invés de estar em uma mesa é colocado em uma esteira rolante, agilizando e automatizando ainda mais o processo.
Os avanços neste método possibilitaram resultados mais nítidos, utilização de mais cores, estampar qualquer motivo, sem falar na agilidade.
Transfer
O transfer é um dos métodos de estamparia mais famosos e mais utilizados em camisetas. Outro nome para o transfer é termoimpressão. É um método mais caro, porém, super personalizado, pois é possível estampar apenas um único produto e não ter a necessidade de ter metros de tecido estampados com o mesmo motivo no seu estoque.
O método surgiu em 1980, na França, onde a alta temperatura é empregada para fixar o corante na superfície. Normalmente o desenho está localizado em um papel e este papel é colocado sob o tecido e ambos são colocados sob dois cilindros que se aquecem simultaneamente.
Sublimação
Quimicamente falando, a sublimação é a passagem do estado sólido diretamente ao gasoso sem passar pelo estado líquido. Na sublimação têxtil é possível utilizar uma infinidade de cores. Basta adicioná-las no momento da criação da estampa.
Quando aplicada ao setor têxtil, esta é uma técnica de estamparia muito parecida com o transfer, mas neste caso é utilizado o papel sublimático com tinta sublimática em uma prensa aquecida. Outro detalhe é que o papel sublimático não cola no tecido como o transfer, o papel está ali apenas como uma base temporária para abrigar o desenho antes da sua reação química que resultará na estampa.
A sublimação também pode ser feita em pequena escala, assim como o transfer.
Sua principal diferenciação é que esta técnica tem melhores resultados quando aplicado a tecidos 100% poliéster, como é o caso dos nossos Drys e do Poliéster Fiado, também conhecido como malha PP.
Jato de Tinta
Um método atual, que reune a tecnologia e a agilidade do computador com a beleza da estamparia. Com esta técnica é possível estampar tecidos extensos e parar de ”imprimir” o tecido na hora que for necessário. Evitando a produção de tecidos com uma mesma estampa em excesso.
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